“Mas de nada
faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com
alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar
testemunho do evangelho da graça de Deus.” (Atos 20:24)
Quando o
Espírito Santo nos toca, não somos mais os mesmos. Ele nos enche das surpresas
de Deus e passamos a compreender que temos uma missão, a missão de nos
envolvermos na Palavra e mergulharmos neste tempo de indicação por princípio
espiritual. Não nos movemos pelo que queremos, mas de acordo com a vontade de
Deus que é boa, perfeita e agradável.
Assim
avançamos na nossa vida espiritual, acreditando na missão do Reino e no
avivamento para o qual Deus nos escolheu. Paulo disse que não tinha a sua vida
por preciosa, contanto que cumprisse a sua carreira, e o ministério que
recebera.
Todos os
Apóstolos eram arautos de uma grande chamada, de um grande mover e de um grande
avivamento. Eles eram consumidos pela chamada. Então, se você é partícipe de um
avivamento, de uma chamada de Deus que arde no seu ser, há uma química divina
dentro de você que foi acendida pelo Calvário e pela ressurreição que faz com
que você entenda qual a missão que você tem: mudar e transformar as geografias.
Igreja de Discipulado
Necessitamos
aprender mais de Deus a cada dia e não podemos jamais pensar que já estamos
formados e já sabemos tudo. Mas, ainda assim, há aqueles que não comparecem às
reuniões, porque não querem.
Já se sentem formados, já se sentem líderes, e
eu fico pensando se essa resposta disfuncional não vem da mesma raiz dos
fariseus, que diziam que eram, mas não eram.
Temos
aprendido com Jesus, no texto de Mateus 9:10 Ora, estando ele à mesa em casa, eis que chegaram muitos
publicanos e pecadores, e se reclinaram à mesa juntamente com Jesus e seus
discípulos.
11 E os fariseus, vendo isso, perguntavam aos
discípulos: Por que come o vosso Mestre com publicanos e pecadores?
12 Jesus, porém, ouvindo isso, respondeu: Não
necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos.
13 Ide, pois, e aprendei o que significa:
Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas
pecadores.
Que não podemos deixar que
a religiosidade reine nas nossas vidas, tornando-nos nocivos e manipuladores da
fé. Ser manipulador da fé é viver uma vida como se tivesse em linha com o
Espírito Santo e com Deus, mas, na verdade, vive na hipocrisia.
São inventores
de modismos, que criam culturas e costumes particulares. Utilizar a fé e a vocação para colocar as
ovelhas em cabresto é pecado. Ovelha não nasceu para viver em cabresto; ela
morre. Ovelha não nasceu para ter coleira; ela morre. Ovelha é o único animal
que nasceu para ser regido por um cajado. Por isso, o Salmo 23:4 declara: “... a tua vara e o teu cajado me consolam.”
A ovelha não é
insubmissa, ela raciocina como ovelha. Tudo que a ovelha quer e o que ela mais
precisa é de um Pastor. Ovelha não se autopastoreia, não se autoprotege, não se
autoguarda. Uma ovelha, independente do título que recebe e da idade que tem,
nunca deixará de ser ovelha.
A obra da Cruz
Não devemos
esquecer o lugar onde fomos libertos, curados, discipulados, formados,
desatados, ensinados, restaurados, cheios do Espírito Santo, transformados em
líderes, desatados como homens e mulheres de Deus.
Por isso, se
eu observar algum dos meus filhos doente espiritualmente, orgulhoso,
sentindo-se superior aos outros, eu irei repreendê-lo, porque está fora da
doutrina. Quem quer ser o primeiro, aprenda a ser
último; quem quiser subir, aprenda a descer.
O ensinamento
bíblico é de que devemos considerar o nosso irmão superior a nós mesmos. Nosso
modelo é Yeshua! Ninguém foi mais líder que Yeshua e ninguém foi mais humilde
do que Ele. Mesmo diante de tanta honra que recebeu na Sua direção por Deus,
ainda assim manteve a sua humildade. Humilhou-se até a Cruz para ter direito à
ressureição.
Yeshua poderia
ter dito ao Pai que viria à Terra debaixo de um impressionismo, fazendo shows
de milagres, criando espetáculos, etc. Mas Ele se submeteu a fazer a rota da
Cruz, porque quem não conhece a rota da Cruz não experimenta a ressurreição. Só
tem direito a ser ressuscitado quem passou pela Cruz.
Ninguém é
plenamente ressuscitado sem passar pela Cruz. Você pode pensar: Mas, e a
guerra, a luta e a dificuldade que eu estou enfrentando? Pois é! Isso é Cruz. O
texto de I Coríntios 1:18 diz que a palavra Cruz é loucura para quem não
conhece a Deus, mas para quem é salvo, é poder de Deus.
Quem passa
pela Cruz, experimenta o sobrenatural de Deus e passa o resto da vida
celebrando e glorificando o nome dEle. Passaremos por uma transformação
verdadeira. Nada foi mais tenebroso do que a Cruz.
Reformando o Discipulado
Mateus 28 é um
compêndio para o discipulado e para a missão do discipulado. Jesus, quando
instituiu o discipulado, não inventou nada, trouxe o projeto extremamente
pronto, porque o discipulado só poderia acontecer pós-Cruz e pós-Redenção. As
Igrejas não cresceram, não mudaram e não impactaram antes da Cruz e antes da
ressurreição.
O discipulado
foi instituído e mostrado em toda a sua potência, após a Cruz. Durante o tempo
que Jesus esteve na Terra, não houve crescimento, mas após a Cruz, a potência
do discipulado foi mostrada. “E, chegando-se Jesus,
falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Amém.” (Mateus 28:18-20)
Se o nosso
século não fechou ainda, ou até que os dias do século se fechem para Yeshua, o
Senhor está no nosso meio. Yeshua está entre nós e é autoridade sobre a nossa
vida. Nós nos reunimos em torno dEle e do nome dEle. É por causa desse nome e
dessa autoridade que somos libertos, curados e cheios do poder do Espírito
Santo para guardar todas as coisas que Ele tem ensinado.
A promessa é
de que Ele estará conosco todos os dias até que tudo seja consumado. Esse é o
Deus que servimos e que nos chamou que para guardar todas as coisas que Ele tem
nos ensinado.