João
17:24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam
também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste,
porque me amaste antes da fundação do mundo.
O fazedor de discípulos é
alguém que transforma servos em amigos leais.
1) UM DOS SEGREDOS DO FAZEDOR DE
DISCÍPULOS É AMAR AQUELES QUE DEUS LHE DÁ
Jesus não fez um trabalho
técnico de formação de doze homens, mas desenvolveu com eles uma relação de
afetividade.
a) A proposta do discipulado
é de um relacionamento próximo. Desde
o começo, Jesus os valorizou como pessoas e deixou claro que queria amizade. A
André e um companheiro, Ele chamou para casa, na primeira vez que conversaram.
A Pedro, o Mestre visitou e curou a sogra.
b) No discipulado, existe uma
hierarquia, mas ela não é incompatível com o conceito de amizade. Muitos líderes mantém uma distância danosa,
ou porque têm receio de que se confundam as coisas, ou porque não querem
se expor aos riscos da proximidade.
c) O discipulado deve trilhar
uma rota na direção amizade e da aliança. Os
doze começaram com a visão fria do discipulado rabínico que eles viam à
distância, somente um mestre e seus alunos, mas foram sendo conduzidos por
Jesus a uma amizade consciente: “Já não vos chamo servos, porque o
servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque
tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer” (João 15:15)... “Vós
sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando” (João 15:14).
d) A afetividade é um campo fértil
para o ensino. Pessoas confiam
mais quando se sentem amadas.
2) A AMIZADE DO DISCIPULADO DEVE
EVOLUIR PARA UMA ALIANÇA.
Aqueles homens começaram
como servos, tornaram-se amigos e terminaram dando sua vida pela visão que
Jesus lhes deu. O caminho para uma relação estável passa por um pacto de
fidelidade. Somente uma aliança sustenta pessoas juntas em meios às suas
crises.
a) Quando Jesus falou de
“comer sua carne” e “beber seu sangue”, ou seja, viver por aliança e não por
conveniência, muitos discípulos o abandonaram (conf. João 6:66-67). Pedro, porém, falando pelo doze, firmou um
pacto de fidelidade: “Para quem iremos nós, Senhor. Só tu tens as
palavras de vida eterna e nós temos visto e crido que és o Filho de Deus”.
Duas coisas ficam claras nesse episódio: ninguém estava amarrado a Jesus. Quem
quisesse deixa-Lo estava livre para fazê-lo, uma vez que Jesus buscava pessoas
dispostas a andarem por um pacto. Por outro lado, quem quisesse ficar, deveria
assumir um pacto sério, um compromisso.
b) A aliança do discipulado é
bilateral. Ao líder cabe amar
os seus discípulos insistentemente e não desistir deles por encontrar
dificuldade. Jesus, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os
até o fim” (João 13:1). Isso não foi fácil! Ele chegou a expressar sua
decepção, em Marcos 9:19: “Ó geração incrédula, até quando estarei convosco?
Até quando vos sofrerei?”. Por outro lado, os discípulos precisam assumir uma
aliança com seu discipulador que coloque a relação acima das circunstâncias,
como fez Rute com Noemi (conf. Rute 1:16-17).
c) O nível de aliança que o
discipulado exige envolve renúncia e quebrantamento. Os doze de Jesus deixaram muitas coisas e interesses
pessoais para segui-Lo e, durante a caminhada, suportaram as correções do
processo sem “vazarem”.
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