Atos
2:42-47
Aqui
temos uma descrição da igreja, quando do seu nascimento em Jerusalém. A vida
daquela comunidade de cristãos deve ser um modelo a ser perseguido por nós,
hoje.
Um
dos aspectos mais poderosos é o fato de que, mesmo sendo uma multidão, aquele
povo vivia em unidade e isso fazia com que os não convertidos admirassem a
igreja e sentissem simpatia por ela.
O
que fazia aquela comunidade manter-se como uma grande e abençoada família?
1. ELES
ESTAVAM DEBAIXO DE PATERNIDADE ESPIRITUAL – vs. 42.
Uma
família não subsiste sem comando, sem autoridade. A figura dos pais e,
eventualmente, dos irmãos mais velhos, determina o padrão e a unidade de uma
casa.
No
contexto da igreja de Jerusalém, todos perseveravam no ensino (doutrina) dos
apóstolos. Eles eram os pastores daquele grande rebanho e todos os consideravam
como pais espirituais, dando ouvidos e reproduzindo aquilo que eles falavam.
Hoje
em dia, por conta do mau testemunho de certos líderes, muitos se desculpam,
mantendo uma vida de independência, sem considerar as autoridades estabelecidas
por Deus. Entretanto, numa igreja como a nossa, em que os pastores são
comprovadamente homens e mulheres íntegros, precisamos crescer na unidade,
perseverando naquilo que eles nos ensinam para que sejamos, cada vez mais, uma
família unida e abençoada – Ver Hebreus 13:17.
2. ELES
DAVAM VALOR AOS RELACIONAMENTOS – vs. 44.
A
igreja perde muito quando é vista só como uma instituição ou um lugar (templo).
Sua essência está nos relacionamentos. Ela deve ser um ambiente onde
desenvolvemos amizades profundas.
Um
dos segredos daquela comunidade em Jerusalém é que eles faziam questão de estar
juntos. Isso não acontecia apenas nos grandes cultos, mas também nas reuniões
que se faziam nas casas e, inclusive, fora das reuniões. Os crentes gostavam de
se encontrar e isso era muito poderoso.
Nós,
hoje, temos um grande espaço para crescer nesta direção. Quanto mais nos
tratarmos como amigos e investirmos em desenvolver relacionamentos profundos no
Senhor, mais firmes na fé estaremos e mais atraentes seremos para os que ainda
não se converteram – I Pedro 1:22.
3. ELES
SE SENTIAM RESPONSÁVEIS UNS PELOS OUTROS – vs. 45.
A
relação entre os membros da igreja não era apenas uma relação de prazer, mas
responsabilidade de uns para com os outros. Eles eram capazes de vender o que
tinham para suprir a necessidade alheia, já que a igreja tinha uma grande
quantidade de pessoas pobres. Não se reuniam apenas para buscar a Deus, mas
para ser solidários uns com os outros, em todos os sentidos.
Em
nosso contexto, onde o individualismo e o egoísmo predominam, nós, enquanto cristãos,
precisamos crescer no cuidado uns dos outros, procurando sempre nos movimentar
para suprir a carência dos nossos irmãos, não só material, mas também emocional
e espiritualmente. E esta é uma responsabilidade coletiva.
Se
todos nós (e não apenas os líderes) nos sentirmos responsáveis uns pelos
outros, a vida da igreja será muito mais estável e atraente – I Pedro
4:10.
4. ELES
FAZIAM DE CADA OPORTUNIDADE UM MOMENTO DE COMUNHÃO E ALEGRIA – vs. 46.
O
ambiente da igreja não era formal e nem austero, embora todos se portassem com
temor a Deus. Cada reunião, fosse no templo ou nas casas, era cheia de alegria,
simplicidade (singeleza) e liberdade. Eles estavam sempre comendo juntos e se
divertindo, enquanto edificavam-se mutuamente.
Infelizmente,
a formalidade, a religiosidade e a rotina fria tomaram muito espaço no
cristianismo, ao longo do tempo. As pessoas passaram a se encontrar “na
igreja”, mas sem se relacionarem.
Nosso
desafio, a começar da nossa célula, é criar sempre um ambiente de alegria,
amizade e intimidade, a fim de que todo mundo participe por prazer e não só por
responsabilidade. É assim que deve ser o lar de uma família saudável. – Filipenses
4:4 e II Coríntios 3:17.
5. ELES
ESTAVAM SEMPRE COM O CORAÇÃO ABERTO PARA RECEBER MAIS UM – vs. 47.
A
igreja era muito intensa na comunhão entre os seus membros e muito santa em seu
estilo de vida, mas isso não fazia dela uma “panela” onde pessoas novas tinham
dificuldade de entrar. Muito ao contrário! Todos os dias mais pessoas se
convertiam e eram abraçadas pelos da fé. Embora a mensagem daquela comunidade
fosse muito clara, conclamando os homens a se arrependerem e abandonarem o
pecado, ela era receptiva e amorosa para com os de fora e para com os que
estavam chegando. Isso fazia com que o crescimento não parasse, mesmo em tempos
de perseguição.
Hoje,
precisamos sempre vigiar a nossa postura e buscar crescer nesse sentido. Por
exemplo, quando alguém novo vem à uma reunião da célula, ou quando notamos um
visitante nos nossos cultos, nós nos esforçamos para fazê-lo sentir-se amado,
acolhido, ou simplesmente o ignoramos, esperando que ele se vire ou que outros
façam este papel? – Romanos 15:7.
Efésios 3:14 e 15 – Nós fomos feitos por Deus uma
grande e abençoada família e, no Senhor, temos o modelo perfeito para viver uma
vida saudável e que seja um verdadeiro testemunho para este mundo.
Quantos
estão dispostos a se esforçar para viver assim?
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