quinta-feira, 15 de junho de 2017

UM MODELO A SER PERSEGUIDO

 UM MODELO A SER PERSEGUIDO




Atos 2:42-47


Aqui temos uma descrição da igreja, quando do seu nascimento em Jerusalém. A vida daquela comunidade de cristãos deve ser um modelo a ser perseguido por nós, hoje.
Um dos aspectos mais poderosos é o fato de que, mesmo sendo uma multidão, aquele povo vivia em unidade e isso fazia com que os não convertidos admirassem a igreja e sentissem simpatia por ela. 
O que fazia aquela comunidade manter-se como uma grande e abençoada família?

1. ELES ESTAVAM DEBAIXO DE PATERNIDADE ESPIRITUAL – vs. 42.
Uma família não subsiste sem comando, sem autoridade. A figura dos pais e, eventualmente, dos irmãos mais velhos, determina o padrão e a unidade de uma casa.
No contexto da igreja de Jerusalém, todos perseveravam no ensino (doutrina) dos apóstolos. Eles eram os pastores daquele grande rebanho e todos os consideravam como pais espirituais, dando ouvidos e reproduzindo aquilo que eles falavam.
Hoje em dia, por conta do mau testemunho de certos líderes, muitos se desculpam, mantendo uma vida de independência, sem considerar as autoridades estabelecidas por Deus. Entretanto, numa igreja como a nossa, em que os pastores são comprovadamente homens e mulheres íntegros, precisamos crescer na unidade, perseverando naquilo que eles nos ensinam para que sejamos, cada vez mais, uma família unida e abençoada – Ver Hebreus 13:17. 

2. ELES DAVAM VALOR AOS RELACIONAMENTOS – vs. 44.
A igreja perde muito quando é vista só como uma instituição ou um lugar (templo). Sua essência está nos relacionamentos. Ela deve ser um ambiente onde desenvolvemos amizades profundas.
Um dos segredos daquela comunidade em Jerusalém é que eles faziam questão de estar juntos. Isso não acontecia apenas nos grandes cultos, mas também nas reuniões que se faziam nas casas e, inclusive, fora das reuniões. Os crentes gostavam de se encontrar e isso era muito poderoso.
Nós, hoje, temos um grande espaço para crescer nesta direção. Quanto mais nos tratarmos como amigos e investirmos em desenvolver relacionamentos profundos no Senhor, mais firmes na fé estaremos e mais atraentes seremos para os que ainda não se converteram – I Pedro 1:22.

3. ELES SE SENTIAM RESPONSÁVEIS UNS PELOS OUTROS – vs. 45.
A relação entre os membros da igreja não era apenas uma relação de prazer, mas responsabilidade de uns para com os outros. Eles eram capazes de vender o que tinham para suprir a necessidade alheia, já que a igreja tinha uma grande quantidade de pessoas pobres. Não se reuniam apenas para buscar a Deus, mas para ser solidários uns com os outros, em todos os sentidos.
Em nosso contexto, onde o individualismo e o egoísmo predominam, nós, enquanto cristãos, precisamos crescer no cuidado uns dos outros, procurando sempre nos movimentar para suprir a carência dos nossos irmãos, não só material, mas também emocional e espiritualmente. E esta é uma responsabilidade coletiva.
Se todos nós (e não apenas os líderes) nos sentirmos responsáveis uns pelos outros, a vida da igreja será muito mais estável e atraente – I Pedro 4:10.

4. ELES FAZIAM DE CADA OPORTUNIDADE UM MOMENTO DE COMUNHÃO E ALEGRIA – vs. 46.
O ambiente da igreja não era formal e nem austero, embora todos se portassem com temor a Deus. Cada reunião, fosse no templo ou nas casas, era cheia de alegria, simplicidade (singeleza) e liberdade. Eles estavam sempre comendo juntos e se divertindo, enquanto edificavam-se mutuamente.
Infelizmente, a formalidade, a religiosidade e a rotina fria tomaram muito espaço no cristianismo, ao longo do tempo. As pessoas passaram a se encontrar “na igreja”, mas sem se relacionarem.
Nosso desafio, a começar da nossa célula, é criar sempre um ambiente de alegria, amizade e intimidade, a fim de que todo mundo participe por prazer e não só por responsabilidade. É assim que deve ser o lar de uma família saudável. – Filipenses 4:4 e II Coríntios 3:17.

5. ELES ESTAVAM SEMPRE COM O CORAÇÃO ABERTO PARA RECEBER MAIS UM – vs. 47.
A igreja era muito intensa na comunhão entre os seus membros e muito santa em seu estilo de vida, mas isso não fazia dela uma “panela” onde pessoas novas tinham dificuldade de entrar. Muito ao contrário! Todos os dias mais pessoas se convertiam e eram abraçadas pelos da fé. Embora a mensagem daquela comunidade fosse muito clara, conclamando os homens a se arrependerem e abandonarem o pecado, ela era receptiva e amorosa para com os de fora e para com os que estavam chegando. Isso fazia com que o crescimento não parasse, mesmo em tempos de perseguição.
Hoje, precisamos sempre vigiar a nossa postura e buscar crescer nesse sentido. Por exemplo, quando alguém novo vem à uma reunião da célula, ou quando notamos um visitante nos nossos cultos, nós nos esforçamos para fazê-lo sentir-se amado, acolhido, ou simplesmente o ignoramos, esperando que ele se vire ou que outros façam este papel? – Romanos 15:7.

Efésios 3:14 e 15 – Nós fomos feitos por Deus uma grande e abençoada família e, no Senhor, temos o modelo perfeito para viver uma vida saudável e que seja um verdadeiro testemunho para este mundo.

Quantos estão dispostos a se esforçar para viver assim?

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