Muitas pessoas veem as conquistas
apenas como um direito que elas podem desfrutar ou não. Porém, na mente do
vencedor, não conquistar é errar o alvo, traçar um caminho paralelo ao que Deus
propôs...
“Então Calebe fez calar o povo diante de Moisés, e disse:
Subamos e possuamos a terra, porque bem podemos prevalecer contra ela.”
(Números 13:30).
Quero refletir com você sobre a mente
do vencedor, colocando a lupa sobre Calebe, aquele líder israelita que se
distinguiu dos demais de sua geração por sua
postura de fé.
Recomendo que você faça a leitura de
Números 14:6-9,
6 E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram alguns dos que haviam examinado a terra, rasgaram as suas vestes.
6 E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram alguns dos que haviam examinado a terra, rasgaram as suas vestes.
7 E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel,
e disseram: A terra pela qual passamos para examinar é uma terra muito boa.
8 Se o Senhor se agradar de nós, então nos levará a
esta terra e no-la dará, uma terra que mana leite e mel.
9 Somente não vos rebeleis contra o Senhor, e não
temais o povo da terra, porque eles são pão para nós; a sua defesa se
retirou deles, e o Senhor está conosco; não os temais.
Quando este homem, junto com Josué,
mais uma vez levanta a sua voz num ambiente hostil e tomado pela incredulidade.
Diante de suas primeiras
intervenções, a situação de desespero e pessimismo do povo não mudou. Que fez
então Calebe? Rasgou as suas vestes, num gesto de humilhação diante do povo e
especialmente de Deus. Mais uma vez fica claro que ele não confunde firmeza com
arrogância, fé com presunção. Ele sabe que o Senhor resiste aos soberbos, mas
dá graça aos humildes. Pode parecer estranho, mas um vencedor sabe os seus
limites e os reconhece diante do seu Deus. Rasgar as vestes é isto.
Enfrentar pressões não é fácil. Ninguém consegue manter-se firme diante de grandes
oposições sem buscar um renovo da graça de Deus. Assim, muitas vezes será
necessário entrar em nosso quarto e chorar, nos humilhar, clamar pela
intervenção do Senhor; ou quem sabe separar um tempo de jejum apenas para
explicitar o quanto dependemos d'Ele.
Isso me faz lembrar Elias, afirmando
a chuva intrepidamente diante de Acabe e depois subindo ao monte e colocando a
cabeça entre os joelhos para orar com instância ao Senhor, pedindo que este
respaldasse a sua palavra.
Orar é humilhar-nos, especialmente
quando o fazemos no lugar secreto, sem a pretensão de impressionar ninguém, a
não ser Deus. Só ora quem precisa, quem se reconhece necessitado. É um
gesto que equivale a rasgar as nossas vestes em sinal de humilhação.
Quando mantemos uma confissão
positiva e nos lançamos às lutas e às conquistas sem o respaldo da oração,
talvez estejamos apenas num louco exercício de prepotência.
Outro grande segredo da mente do vencedor é que ele sempre coloca seu
foco no lado bom das circunstâncias, mesmo quando o adverso é mais evidente. Jesus disse que, se
os nossos olhos forem bons, todo o nosso corpo terá luz. Os anjos que
anunciaram o nascimento de Cristo fizeram uma proclamação importante: “Paz na terra
aos homens de boa vontade”. Isso é um segredo espiritual: se nossa
visão se fixa no positivo, se temos boa vontade diante dos cenários que se nos
apresentam, podemos superar grandes dificuldades... Calebe e seu parceiro Josué
viram os gigantes e os desafios de Canaã, mas seus olhos foram postos numa só
verdade: “a
terra é muito boa” (vs.7).
Muitos cristãos vivem derrotados
porque se guiam pela "lei de Murphy" (se alguma coisa pode dar
errado, certamente dará) e não pela lei de Deus. Têm olhos maus, focalizam o
negativo e vivem escravas dessa perspectiva sombria.
Jeremias, profeta que viveu em tempos
muito difíceis para a fé, tinha um segredo: "trazer a memória o que pode dar esperança".
Haverá sempre dois lados para olhar... Os
vencedores olham pela ótica das promessas.
Outro segredo que povoa a mente dos vencedores é a
consciência de que Deus tem compromisso com quem tem compromisso com Ele.
As palavras de Calebe foram: “Se o Senhor se
agradar de nós, nos fará herdar esta terra...” (vs. 8). Essa
argumentação de tem duas colunas: “Se Deus se
agradar de nós” e “Ele fará”. Isso revela uma consciência da necessidade
de aprovação e uma confiança na ação sobrenatural de Deus.
Não podemos confundir aceitação com aprovação. Para sermos aprovados, temos que agradar a Deus e esta é
uma condição para nosso êxito na vida. Mas é importante sabermos que para
agradar a Deus, temos que conhecer a sua vontade e nos esforçar para
cumpri-la. Não tente agradar a Deus à sua maneira. Ele lhe reprovará!
Calebe sabia que, embora tivessem que
enfrentar os inimigos, Deus era quem os colocaria naquela terra. Ele conhecia o
valor da bênção e discernia a verdade de que o preço da bênção é a fidelidade... Quer contar com a parceria
imbatível do Todo-Poderoso? Agrade-o, obedeça-o radicalmente, oferte, lute pelo
que Ele lhe propôs!
Mais do que tudo isso, um vencedor entende que não conquistar o que o
Senhor estabeleceu como propósito para sua vida é uma forma de pecar. É por isso que Calebe clama diante
dos desistentes: “Não
sejais rebeldes contra o Senhor...” (vs. 9).
Muitas pessoas vêem as conquistas
apenas como um direito que elas podem desfrutar ou não. Porém, na mente do
vencedor, não conquistar é errar o alvo, traçar um caminho paralelo ao que
Deus propôs... É por isso que, diante da desistência do povo, Calebe fala sobre
não serem rebeldes e não ofenderem ao Senhor com sua incredulidade.
Você precisa construir essa nova
forma de pensar! Tudo o que Deus lhe desafiou a conquistar (um casamento
abençoado, uma vida próspera, um ministério frutífero...) faz parte de uma
herança que custou o sangue da cruz. Não lutar por ela é desprezar o que Deus
fez. Quando alguém desiste por causa das lutas e dos inimigos, está "se rebelando" contra a vontade soberana do
Senhor.
Entenda que tudo vem d'Ele, é por
meio d'Ele e para Ele. Ele tem uma parceria, na verdade uma aliança com você.
Não desista do que Deus não desistiu em sua vida! Não abra mão do que Ele lhe deu por herança!
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