terça-feira, 14 de maio de 2019

RESTAURANDO NOSSA IDENTIDADE


Gênesis 1:26-31
1. No princípio não era assim...
No princípio o homem não experimentou nenhum conflito em sua identidade, foi criado para sujeitar a criação, dominar, governar, ações que eram atributos de Deus, agora compartilhadas ao homem.
No princípio o homem sabia de onde tinha vindo, e o que deveria fazer, e com quem se relacionar. Sabia na presença de quem deveria habitar. Gênesis 3:8 - E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia...
O homem nasceu dando prazer a Deus, Ele afirmou no versículo 31 do capítulo primeiro de Gênesis depois de tê-lo criado: “E viu Deus que tudo era bom.”
Aquele que nasceu dando prazer ao criador, havia perdido sua identidade, sentido e propósito.
Todos nós, mesmo que em níveis diferentes, experimentamos e vivemos esta situação, sentindo o que é ser algo que ainda está em desacordo com nossa origem. Todos foram separados, destituídos desta semelhante origem, e agora precisam buscar esta restauração, descobrindo quem os criou, suas motivações e propósitos.
2. Algo precisa morrer
Através da Bíblia percebemos que Deus cria e se move através da sua Palavra, ou seja, de alianças que estabelece. O Senhor é um Deus de aliança. Precisamos compreender que nossa identidade trará o verdadeiro significado de aliança, e a compreensão de que toda aliança nos tornará dispostos a padecer o que for preciso para que o propósito seja alcançado.
O fim de tudo é a glória de Deus, ou seja, a satisfação divina.

 Por isso, quando o homem se corrompeu, Deus ensaiou algo através do Velho Testamento, buscando a compreensão da criação do que um dia iria acontecer, “a maior manifestação da paternidade de Deus.”
A entrega de seu único filho foi a maior manifestação da paternidade de Deus.
Como Deus se move por meio de alianças, seu Filho, o qual não tem conflitos em sua identidade, esteve em todo tempo disposto a padecer, para que a meta fosse alcançada, “a restauração da identidade do homem”, a vida eterna novamente disponível e real para todos os homens.
Por isso Jesus padeceu... Ninguém estará disposto a padecer pelo Reino se não tiver sua identidade restaurada. Filipenses 2:4-8. 4. Se aquilo que precisa morrer de fato for sacrificado, os homens do Reino não atentarão mais para o que é propriamente seu. Este esvaziamento é a síntese do livro de Filipenses, e um dos maiores exemplos de Cristo.
O processo de restauração de nossa identidade dependerá de nossa passagem e êxito no nível do “esvaziamento de si mesmo”. Para o novo de Deus entrar em nós, tudo que é velho precisa morrer.
3. Confusão de identidade
Quando olhamos para a vida dos homens e mulheres pós- modernos, contemplamos um dos maiores conflitos que podemos experimentar, a confusão em nossa identidade.
O que acontece nas regiões celestiais, está acontecendo em grande escala na dimensão física. Satanás tem acelerado o processo tentando manter o homem longe desta restauração, buscando destruir cada vez mais o que resta desta identidade a ser restaurada.
Um dos níveis de maior destruição é o que está escrito no livro de Romanos: Romanos 1:24-28. O grau de maior depravação humano é quando a criação não se importa mais em ter conhecimento de Deus, quando a verdade de Deus deixa de ser absoluta.

 Neste estágio, o homem não sabe mais de onde veio, o que deve fazer, e para onde está indo. Literalmente começa a habitar num lugar de confusão.
Foi por isso, para tirar-nos deste lugar de confusão, de abrir uma porta, uma nova possibilidade, que o único Filho, aquele que tinha a excelência da paternidade em sua identidade, decide se entregar, esvaziando-se e morrendo numa cruz.
É preciso esforço e sacrifício para por fim em toda confusão em nossa identidade.
Não se trata de apenas sermos salvos, trata-se de como vivermos depois de alcançarmos esta tão grande salvação. Devemos lembrar que o primeiro convite do Senhor Jesus é para quem deseja ir até Ele, mas este é o primeiro passo. Depois, o próximo passo exigirá uma compreensão de quem somos para que possamos de fato estar dispostos a padecer, tomando nossa cruz e seguindo.
Ninguém que esteja confuso em sua identidade estará disposto a tomar a sua cruz. Lucas 9:23-25.
O segredo do Reino de Deus é perder para ganhar.
Se não estivermos dispostos a perder, também não iremos ganhar. Este foi um dos legados deixados pelo Senhor, esta disposição sobrenatural que o mundo não conhece, é literalmente loucura para os que perecem.
I Coríntios 1:18 - Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
4. Identidade Restaurada
A salvação é apenas o início de uma experiência maravilhosa que o homem pode experimentar, mas precisamos saber que existe muito mais.
Deus realmente deseja restaurar o que foi destruído com a queda.

 Deus deseja se relacionar com filhos, e não com escravos e servos. O problema é que quando não temos nossa identidade restaurada, não sabemos se somos filhos ou servos.
A Palavra de Deus nos fala de duas coisas totalmente distintas, uma delas é sobre a identidade do homem que deve ser de “filho”, e outra tratando das ações e motivações, se movendo em favor do outro como servo e como escravo.
Só os filhos poderão agir como servos sem que isso afete em sua identidade.
João 15: Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
Os servos não gozam de relacionamento, não experimentam da vida do Pai, de seus segredos, de sua vida. Deus deseja se relacionar com seus filhos, e que estes se movam no mundo como servos, não considerando o que é propriamente seu, visto que o que é deles está reservado em Deus nas regiões celestiais.
3 - Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. 4 - Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
5 - Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.
Muitos que estão servindo ainda debaixo de obrigações desejam a filiação, mas os filhos que têm a identidade restaurada servem como manifestações da graça. Só um verdadeiro Filho pode tomar uma decisão como está escrito em Mateus 20:27 - “ E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;”, agir semelhante a um escravo voluntário, ao ponde de se entregar por um propósito maior.
A identidade restaurada irá trazer de volta o governo que o homem havia perdido com a queda no jardim, mas também irá restaurar a disposição de se esvaziar, de padecer pela aliança, pelo propósito.
     
 Filhos não terão problemas em afirmar: “Não viemos para ser servidos, mas para servir.” O serviço dos servos e escravos é pesado, mas o serviço dos filhos é a manifestação do amor do Pai.

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