A
santificação não vem automaticamente. Somos orientados a orar.
" Segui a paz com todos, e a santificação, sem santidade ninguém verá o
Senhor"
(Hb
12.14).
Devemosorar
por santidade. Sem buscar seriamente a santificação, ninguém verá o Senhor.
Devemosconsiderar as palavras de Jesus:
"Bem-aventurados os puros
de coração, pois verão a Deus"
(Mt 5.8).
O PROCESSO DA SANTIFICAÇÃO
O pecado nos veste com
uma capa de engano. Portanto, o primeiro estágio para alcançarmos a santidade
envolve a exposição do nosso coração à verdade e a eliminação das mentiras que
estão dentro dele. Este processo de santificação é realizado pelo Espírito
Santo, e a forma pela qual o Espírito nos santifica é a verdade. Uma vez que o
Espírito tenha vencido o poder do engano em nossa vida, ele poderá vencer o
poder do pecado.
Jesus descreveu
aqueles que frutificam no reino de Deus como os que, tendo um "coração bom e
generoso, ouvem a palavra, a retêm e dão fruto, com perseverança"
(Lc 8.15). A primeira virtude necessária para a frutificação é um coração
honesto. Pois sem amor pela verdade, nenhuma área de nossa vida pode
ser acertada.
A Bíblia nos
adverte que o pecado é enganoso (Hb 3.13. antes exortai-vos
uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que
nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado; ). Se
antes de uma pessoa pecar ela pudesse expor seus pensamentos em uma tela, toda
a sequência de raciocínios e conclusões — a descida em direção ao engano —
seria absolutamente visível. Mas o processo do engano não é visível. A mentira do inimigo invade nossa mente através de
sussurros, e não aos gritos; anda nas trevas, não na luz.
Desta forma,
devemos levar "cativo todo o pensamento, para torná-lo obediente a
Cristo" (2Co 10.5. derribando
raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e
levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo;). Se
pretendemos identificar a voz da iniquidade, devemos reconhecer sua mentira
quando ela diz: "Seu pecado não é tão mau".
Pois o pecado afunda a mente em uma nuvem de desculpas e ocultações ao
procurai' manter-se vivo. Ele deforma e distorce a verdade e, sem planos de
arrependimento, calmamente nos tranquiliza: "Deus
compreende, ele jamais me julgará".
Se um pecado
embaraçoso quase for exposto em virtude das circunstâncias, nós agradecemos a
Deus que nosso problema oculto tenha permanecido assim. Provavelmente,
entretanto, não foi Deus que manteve o pecado oculto; foi o diabo. A postura do
céu em relação ao pecado é simples. Somos claramente orientados: "confessem seus pecados uns aos outros" (Tg 5.16);
devemos ter a posição de renunciar "aos procedimentos
secretos e vergonhosos"
(2Co 4.2 pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são
vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas,
pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os
homens diante de Deus.). A confissão com a exposição trazem o
pecado para a luz. Estas atitudes derrotam o poder do engano.
Você é
escravo do pecado?
"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará".
Eles lhe responderam: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos
escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?" Jesus
respondeu: "Digo-lhes
a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado"
(Jo 8.32-34).
O pecado é
escravidão. Quando Lincoln libertou os escravos americanos, muitos continuaram
a viver em cativeiro porque ignoravam a sua liberdade. Eles eram legalmente
livres, mas seus antigos mestres os ludibriavam. Deste modo, muitos
permaneceram em sujeição. Da mesma forma, o pecado tenta nos enganar para
permanecer, pois o sangue de Jesus nos tornou legalmente livres. Fomos
resgatados da escravidão para a liberdade.
As Escrituras
nos alertam sobre aqueles que "rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar"
(2Ts 2.10). Salvação não é um ritual religioso; é a experiência de ser salvo
de algo que de outra forma nos destruiria. Verdadeiramente, Jesus veio
para "salvar
o seu povo dos seus pecados" (Mt 1.21 ela dará à luz um filho, a quem
chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.). A
"liberdade" que nos vem ao conhecermos a verdade é libertação do
pecado e de suas consequências (]o 8.31-34).
Para aqueles
que não amam a verdade, Deus permite que uma "influência enganadora" (grego:
"operação do
erro") venha " a fim de que creiam na mentira, e sejam
condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na
injustiça" (2Ts 2.11,12). Cada área de sua vida que não estiver
sendo governada pela verdade terá como sua substituta uma "operação do erro".
Deus permite
este estado de espírito desgastado, em virtude de nossa obstinada recusa tanto
em amar a verdade como em ser salvo. Cada área de nossa vida controlada pelo
pecado é uma parte de nossa alma sujeita ao engano.
Lemos
anteriormente que as pessoas "tiveram prazer na injustiça" (2Ts 2.12). Em
quase todos os pecados há prazer suficiente para torná-los atraentes. Se não
houvesse prazer no pecado, somente os mentalmente debilitados o cometeriam,
pois no pecado também se encontra a morte. E o lado prazeroso do pecado que
nos ludibria. Pois o que é a luxúria, senão a perversão do prazer? Se queremos
experimentar a verdadeira salvação, devemos desejar a verdade acima do prazer,
pois é nossa própria luxúria e satisfação que nos iludem.
Cada vez que
você se arrepende de um pecado, uma mentira que um dia controlou sua vida é
rompida. E por isso que Jesus nos ensinou a orar: "E não nos deixe cair em tentação, mas livra-nos
do mal" (Mt 6.13). Deus não tenta o homem com o pecado. Tanto a
tentação como o mal são inerentes à nossa velha natureza. Se continuamos,
obstinadamente, a recusar-nos a nos arrepender de um pecado, Deus nos entrega
àquilo que nos recusamos a renunciar.
Provérbios 29.1
nos adverte: "Quem insiste no erro depois de muita repreensão, será
destruído, sem aviso e irremediavelmente". Paulo também nos
alerta sobre aqueles que "Deus |...| entregou [...] segundo os desejos pecaminosos do
seu coração, para a degradação do seu corpo entre si". Por quê?
Porque "trocaram
a verdade de Deus pela mentira" (Rm 1.24,25). Todo o pecado é
uma troca da verdade de Deus pela mentira.
Consequentemente,
quanto mais verdadeira uma pessoa se torna consigo mesma e com Deus, mais ela é
liberta do "engano
do pecado" (Hb 3.13), permitindo que surja a retidão.
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